segunda-feira, junho 26, 2006 |
PRÉMIO DE ROMANCE E NOVELA - APE |
Parte do discurso de agradecimento de FJV: «(...) Eu escrevo histórias. De alguma maneira, imagino histórias que me comovem e que gostaria que comovessem os meus leitores. Se há alguma definição, em teoria da literatura, para o género de romance que eu gosto de escrever, acredito que seria essa. E que a frase decisiva seria essa também: “Eu escrevo histórias.” Acho que escrevo histórias porque gosto de ler as histórias dos livros dos autores que aprendi a amar desde a infância e a adolescência. Algumas delas duram mais na memória e, também aí, os factores que levam uma história a permanecer na nossa memória são também subjectivos. Podemos tentar explicá-los, mas há sempre qualquer coisa que sobrevive numa leitura – e que não conseguimos descrever. Por isso, uma das palavras de que mais gosto é “poeira”. A poeira das estradas no meio da floresta. A poeira dos caminhos. A poeira do deserto. A poeira do céu, aquela nuvem que atravessa a geografia de todos os lugares onde estivemos. A poeira, enfim. Eu escrevo histórias, portanto, e gosto da palavra “poeira”. Tal como gosto da palavra “perturbação”. Da palavra “paisagem”, da palavra “lugar”. (...)»
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posted by George Cassiel @ 9:50 da manhã |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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