quinta-feira, junho 22, 2006 |
Henry James em mãos. |
“Eu não leio as críticas dos jornais, a não ser que me sejam atiradas, como aquela foi - e é sempre o nosso melhor amigo quem o faz! Mas, por vezes, costumava ler as críticas - há dez anos. Estava capaz de dizer que, de uma maneira geral, eram mais estúpidas do que as que se publicam agora. [...] Você também não entendeu o que eu quis dizer, meu caro, com uma segurança inimitável; o facto de ser tremendamente inteligente e de o seu estilo ser tremendamente simpático não faz a menor diferença. São os jovens que, como você, aspiram a subir na vida - Vereker riu-se - que me fazem sentir o fracasso que sou!”. Trad. Luzia Maria Martins (p.17-18) Henry James nasceu em Nova Iorque, foi educado em Harvard e viveu a maior parte da vida na Europa, naturalizando-se inglês em 1915. Joseph Conrad, num ensaio sobre James, chamou-lhe o “historiador das consciências finas”. Queria com isto louvar James como mestre das complexidades psicológicas, das lutas internas, das várias luzes e sombras implicadas num único facto, num único gesto. Fazia-o contra os que criticavam a quase ausência de acontecimentos nos enredos de James - esquecendo que, nele, a verdade da obra era a tentativa de nela reproduzir a “vida sentida”, “como um desenho complexo num tapete persa” |
posted by George Cassiel @ 4:08 da tarde |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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