quarta-feira, abril 06, 2005 |
A propósito de Paulo José Miranda... |
... ele sabe porquê!
"Paulo José Miranda nasceu em 1965 na Aldeia de Paio Pires. Licenciado em Filosofia, publicou o seu primeiro livro em 1997, A voz que nos trai (poesia) com o qual ganhou o Prémio de poesia Teixeira de Pascoaes. No ano seguinte publicou O corpo de Helena (teatro), A arma do rosto (poesia) e Um prego no coração, primeira novela de um tríptico sobre o processo de criação, em que cada livro se dedica a uma personalidade das artes. Neste primeiro caso, a Cesário Verde; em Natureza Morta (1999, Prémio José Saramago) a João Domingos Bontempo; e, em Vício (2001), a Antero de Quental. Já em 2002, Paulo José Miranda regressa à poesia com O Tabaco de Deus." in Biografia em Livros Cotovia.
A propósito de "O Mal" (curiosamente o primeiro livro que aparece no meu "Arquivo de Leituras") escreveu Isabel Lucas, para a Magazine Artes de Janeiro de 2003:
"Paulo José Miranda está em alta, já que a somar a este livro acaba também de publicar um outro título de poesia, O Tabaco de Deus. Um e outro livro poderiam ser duas versões de um mesmo tema, a errância. Em O Mal o autor dá-nos a perspectiva de vida de um homem que erra pelos caminhos do mundo (em concreto os do Oriente, e de Macau) à procura de si próprio. É um livro que condensa três cordenadas muito próprias do autor: uma descrição crítica e desapiedade da sociedade, uma ironia muito rebuscada e crua, e por fim o travo filosófico com que impregna as suas personagens: “Então, ou nos estamos nas tintas para o mundo, como Pessanha, com esse modo particular de ódio, ou nos dedicamos ao mal, como eu e grande parte dos humanos neste nosso tempo (…) o mal é uma dor de corno.” Por fim, registe-se o aceno tributário ao autor de Clepsidra." |
posted by George Cassiel @ 12:37 da manhã |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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