segunda-feira, janeiro 10, 2005 |
No meu bairro, ali ao fundo da rua III |
No meu prédio vivem pessoas normais.
O vizinho do 2º esquerdo esqueceu-se do cão lá fora e passou a noite a ladrar para não sentir saudades. O vizinho, não o cão!
O meu vizinho do 2º esquerdo trabalha no Arquivo Diário do Bairro. É o responsável pelas entradas no Diário que dizem respeito à nossa rua. Escreve todos os dias a maior quantidade de informação possível: a que horas saímos, para onde fomos, o que fizemos, a que horas regressámos... É uma responsabilidade enorme. Um trabalho que exige uma imensa capacidade para estar atento a todos os pormenores.
Não sei como se foi esquecer do cão! E que vergonha ter de registar isso no Arquivo Diário do Bairro!
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posted by George Cassiel @ 2:34 da tarde |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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