quinta-feira, janeiro 06, 2005 |
No meu bairro, ali ao fundo da rua I |
A Fábrica das Coisas Pequenas fica mesmo do outro lado da rua da farmácia das pessoas saudáveis. Ali, depois da curva onde é a entrada para o parque da Fábrica das Coisas Grandes! A fábrica das Coisas Pequenas tem uma porta onde só parece caber um anão, mas entrei. É lá que se constrói tudo o que ocupa pouco espaço: alfinetes, agrafos para agrafadores, pontas de lápis partidas, chaves de cofres pequenos, anéis de meninas, entre outras coisas, mas, principalmente aqueles bonecos minúsculos que colecciono! Ah! E os botões e os olhos de bonecas também.
A propósito da Farmácia das Pessoas Saudáveis, aproveitei a ida à Fábrica para, do outro lado da estrada, comprar alface. A Farmácia das Pessoas Saudáveis estava a fazer uma promoção de vegetais. Os sumos estavam esgotados e o mel também!
A Fábrica das Coisas Pequenas tem uma porta tão baixinha que quase não consegui entrar. Por isso é que estou com esta dor nas costas!
A Fábrica das Coisas Grandes tem uma porta gigante, mas não entrei, porque não tinha nada lá que me interessasse e estava com esta grande dor nas costas!
Não vou escrever mais, porque a ponta de lápis partida que comprei está a acabar e não posso voltar à Fábrica das Coisas Pequenas... esta dor nas costas não me deixa...
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posted by George Cassiel @ 5:41 da tarde |
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1 Comments: |
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Gostei deste diálogo da Fábrica das Coisas Pequenas e da Farmácia das Pessoas Saudáveis. Por entre o humor há a finura das pequenas grandes coisas.
Helena
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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Gostei deste diálogo da Fábrica das Coisas Pequenas e da Farmácia das Pessoas Saudáveis. Por entre o humor há a finura das pequenas grandes coisas.
Helena