quinta-feira, março 15, 2007
Inevitabilidade e justiça
Lobo Antunes é o vencedor do Prémio Camões. O júri formado por Francisco Noa (Moçambique), João Melo (Angola), Fernando Martinho, Maria de Fátima Marinho (Portugal), Letícia Malard e Domício Proença (Brasil), decidiu o inevitável.

«Ao princípio, receber prémios dava-me prazer e, ao mesmo tempo, inquietava-me. Os prémios são bons porque é muito difícil para quem escreve ser um escritor profissional. Lamento que pessoas com talento tenham de trabalhar noutra profissão e só possam escrever à noite e aos fins-de-semana. Isso aconteceu comigo há 10 ou ou 15 anos, quando me matava, porque escrevia das 11h da noite às 4 da manhã. Escrever requer todo o nosso tempo e é mais importante do que a nossa vida e o nosso trabalho»
(...)
«Que vai fazer em seguida, António?
Estou a tentar começar um livro, mas não sei se é um livro ou não. Era o que estava a fazer, quando chegou esta chamada.
Lamento tê-lo interrompido.
Não faz mal.»

Courrier Internacional, Jaime Reyes
Rodriguez, Janeiro de 2007
posted by George Cassiel @ 9:32 da manhã  
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira. Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto." Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)

«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera» Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas

 
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