quarta-feira, junho 14, 2006 |
O mercado editorial |
Num comentário a este post, Nuno Seabra Lopes escreveu: "Compreendo perfeitamente o seu descontentamento, mas a indústria editorial é, como o nome indica, uma indústria cujo objecto principal é a realização de lucro.
Se se tratasse de uma outra área, como a venda de automóveis, todos achariam bem, mas como são livros, gera-se descontentamento.
Como alterar a situação? Desconhecemos, mas os editores não podem ser considerados responsáveis por fazerem aquilo que compete a qualquer empresa, ganhar dinheiro.
Cabe ao público, às associações e ao Estado zelar pelo interesse da sociedade, os editores podem somente ajudar, ou actuar enquanto indivíduos, mas sem que isso prejudique os objectivos da empresa, senão, por que se editaria?
O que uma editora deve fazer é zelar pela qualidade do que produz (editorial e gráfica) e responder às necessidades dos consumidores, sejam eles de alta ou baixa literacia.
O facto do mercado estar como está (pode ler imenso na Extratexto sobre mercado editorial) deve-se a inúmeros factores próprios das indústrias culturais (também nos queixamos da TVI, certo?). E não é verdade que se publica somente esse tipo de livros, será mais correcto dizer que esses são os livros mais visíveis no mercado porque o mercado está cada vez menos interessado em ter livros que não se vendam. Mas que os há, há. Muitos e bons.
Saudações, Nuno Seabra Lopes"
Claro que os há. E há editores muito bons. A crítica não cai só no mercado editorial. Importa, sim, perceber que leitores temos e porque os temos! |
posted by George Cassiel @ 5:11 da tarde |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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