quarta-feira, março 02, 2005 |
Ana Hatherly vence Prémio da Crítica 2003 |
In Pùblico, 2 de Março de 2005, Por Carlos Câmara Leme:
"A escritora, poeta e ensaísta Ana Hatherly ganhou o Prémio da Crítica 2003 da Associação Portuguesa dos Críticos Literários (APCL) pelo livro "O Pavão Negro", editado pela Assírio & Alvim, disse, ontem, à Lusa o presidente da APCL, Liberto Cruz.
No valor de cinco mil euros, o prémio financiado pela Caixa Geral de Depósitos destina-se a galardoar a obra completa de um escritor, a pretexto da publicação de um livro: "Trata-se de um prémio de consagração", explicou Liberto Cruz. Segundo o presidente da APCL, o Prémio da Crítica 2003 só foi atribuído agora porque a associação - fundada a partir de secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos Literários - foi constituída "recentemente". Carlos Jorge Figueiredo Jorge, Manuel Simões e José Fernandes Tavares - todos críticos literários e membros da APCL - foram os membros do júri que distinguiu, por unanimidade, Ana Hatherly. Para a autora, começou por dizer ao PÚBLICO, "foi uma "surpresa". "Mas é também", acrescentou, "uma grande honra considerando todos aqueles que, antes de mim, já receberam este prémio." Miguel Torga, José Cardoso Pires, Sophia de Mello Breyner Andresen e David Mourão-Ferreira estão entre os premiados.
Ana Hatherly nasceu no Porto em 1929. Romancista, poeta, tradutora, investigadora e ensaísta, iniciou a carreira literária em 1958 e foi um dos principais elementos do grupo de Poesia Experimental nos anos 60 e 70. Licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa e doutorada em Literaturas Hispânicas pela Universidade de Berkeley, nos EUA, é docente de Literatura Portuguesa na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Em 2000, "O Ladrão Cristalino" (1997) ganhou o Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Escritores, e, em 2001, o Pen Clube distinguiu-a com o Prémio de Poesia pela obra "Rilkeana".
Como artista plástica, expôs obras de desenho, pintura e colagem no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, na Fundação de Serralves e no Museu do Chiado, onde, em 2003, foi lançado o livro "Mão Inteligente", que reúne a sua obra nas artes visuais entre a década de 60 e 2002.
No cinema, Ana Hatherly realizou quatro filmes no London Film Institute, onde trabalhou como cineasta entre 1971 e 1974." |
posted by George Cassiel @ 10:24 da manhã |
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GEORGE CASSIEL
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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