terça-feira, janeiro 25, 2005 |
Cidade Ideal |
«Eu não tenho uma cidade ideal. A minha cidade ideal é uma cidade de cidades, uma colagem de lugares. É assim que eu vejo o rio Tejo e as varandas que para ele dão ladeando os arranha-céus de Hong Kong, em especial o Banco da China de LiPei, nas margens do Mar das Pérolas; o Banco faz esquina com a rua das livrarias do Rio de Janeiro, a mesma do China Club de Paris que, nesta minha cidade, fica defronte dos Jardins du Luxembourg, no centro dos quais se encontra o café Pullmans de Utrecht, com vista para a 9 de Julho de Buenos Aires, morada do Museu de Fotografia de Arles, cujo portão abre para as termas de La Garriga, ao lado das quais fica a Biblioteca de Nova Iorque na Rua 42, perpendicular à Avenida Eduardo Mondlane do Maputo, lugar do colorido mercado de Hanói, vizinho do mercado de Barcelona e da Piazza de la Signoria, defronte da esplanada do Sporting Clube de Beirute, de onde se avista o Mediterrâneo.»
No livro "Abrigos", António Pinto Ribeiro |
posted by George Cassiel @ 1:49 da tarde |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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