Pretendo, durante a próxima semana (ou talvez mais), dedicar uma atenção especial a Mario Benedetti. Poeta, Contista... grande escritor uruguaio, merece o destaque possível que este blog lhe souber dar. E fica o recado: para quando a edição da sua obra em português? Quem dá o primeiro passo? Breve apontamento biográfico:Mario Benedetti nasceu em Paso de los Toros (Tacuarembó, Uruguay) a 14 de Setembro de 1920. Estudou no Colégio Alemão de Montevideo e no Liceo Miranda, trabalhando como vendedor, contabilista, funcionário público e jornalista. Entre 1938 e 1941 residiu quase continuamente em Buenos Aires, e, em 1945, de regresso a Montevideo, integrou a redaccão do célebre semanário Marcha; alí forma-se como jornalista até 1974. No mesmo ano de 1945 publica o seu primeiro livro de poesia, "La víspera indeleble", que não voltará a ser editado.
À sua primeira obra ensaística, "Peripecia y novela", (1948) siguiu-se, em 1949, o primeiro livro de contos, "Esta mañana", e, um ano mais tarde, os poemas de "Sólo mientras tanto". Em 1953 aparece "Quién de nosotros", a sua primeira novela, mas é o volume de contos "Montevideanos" (1959) --no qual tomam forma as principais características da narrativa Benedettiana-- que o atira para a consagração como escritor. Com "La tregua" (1960), Benedetti adquire projecção internacional: a obra teve mais de uma centena e edições, foi traduzida em dezanove idiomas e passada ao cinema, teatro e televisão.
Por razões políticas, abandonou o seu país em 1973, iniciando assim um exílio de doze anos que o levou a residir na Argentina, Perú, Cuba e España, e que deu lugar também a esse processo por ele baptizado de "desexilio": uma experiência com marcas tão profundas tanto na vida como na literatura.
A sua ampla produção literária abarca todos os géneros, até letras de canções, somando mais de setenta obras, destacando-se as antologias poéticas "Inventario" e "Inventario Dos", os contos de "La muerte y otras sorpresas" (1968), "Con y sin nostalgia" (1977) e "Geografías" (1984), as novelas "Gracias por el fuego" (1965) e Primavera con una esquina rota", que em 1987 recebeu o Prémio Chama de Ouro da Amnistía Internacional, assim como a irrepetivel novela em verso "El cumpleaños de Juan Ángel". |
mario benedetti merece a admiracao de todos aqueles que tem a sorte de ler sua obra.... ele e fantastico