terça-feira, março 22, 2005 |
Nélida Piñon |
"Acho que foi mais ou menos aos 8 anos. Eu amava os livros; os livros me traziam uma realidade que o cotidiano não me trazia, tinham uma realidade mais rica. Percebi que cada vez que eu lia um livro eu viajava, visitava a alma alheia, saía de mim mesma para crescer; passava a duvidar da realidade visível que eu estava vendo. Me dava conta de que eu não devia confiar naquilo que eu via ao meu lado: era muito pouco, insuficiente. Quanto mais eu lia, tanto mais me dava conta de que existiam universos poderosos, quase cósmicos, que me cabia conhecer, apropriar-me deles. Ao mesmo tempo eu começava a ter uma inveja deslumbrante, me dava conta de que escrever era um prazer único." Como e porquê começou a escrever? (AUTO-RETRATOS, Giovanni Ricciardi, editora Martins Fones) |
posted by George Cassiel @ 12:30 da manhã |
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GEORGE CASSIEL
Um blog sobre literatura, autores, ideias e criação.
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"Este era un cuco que traballou durante trinta anos nun reloxo. Cando lle
chegou a hora da xubilación, o cuco regresou ao bosque de onde partira.
Farto de cantar as horas, as medias e os cuartos, no bosque unicamente
cantaba unha vez ao ano: a primavera en punto."
Carlos López, Minimaladas (Premio Merlín 2007)
«Dedico estas histórias aos camponeses que não abandonaram a terra, para encher os nossos olhos de flores na primavera»
Tonino Guerra, Livro das Igrejas Abandonadas |
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